sábado, 16 de janeiro de 2010

∴Em busca do Futuro∴

As empresas estão se esquecendo de sonhar. Preocupadas em sobreviver, projetam para o futuro os resultados e as estratégias passadas. Como se tudo se repetisse exatamente igual, mês após mês, ano após anos. Tudo o que conseguem, com isso, é continuar sobrevivendo.
Poucas inovam. Boa parte implementa melhorias, apenas. A maior parte delas é variação do mesmo tema. Tanto mais inadequado esse comportamento, quanto rápidas são as mudanças que vemos acontecer bem diante de nossos olhos.
É aí que entra o exercício do planejamento. Antes, porém, há de ser melhor compreendido.Planejar implica, antes de tudo, identificar um resultado final aceitável. Tratase, portanto, de um exercício em busca de resultados futuros. Talvez resida exatamente aí a relutância quanto a sua prática: afinal, que poder temos diante do futuro? Nenhum, se
partirmos do princípio de que um bom planejamento estará sempre errado, pois o futuro não se desenrola tal como prevemos. Este é um ponto de vista. Mas há outro. E bem distinto.
Temos, sim, imenso potencial de poder, quando nos conscientizamos de que estamos mais aptos a conquistar metas mentalizadas, antes de iniciar qualquer ação. Ou seja, a vitória começa em nossa mente. Na predisposição. Assim, a construção mental precede a elaboração
material. Essa talvez seja a principal função do planejamento. Sem essa construção mental, aliás, não pode haver nada senão um simples ajuste, momentâneo e oportunista, ao que ocorre lá na frente.
Planejar é mais uma atitude do que uma tarefa. É reconhecer a importância de pensar e sentir antes de fazer. Planejar é criar, primeiro na tela mental (imaginação), depois no papel (o plano), para só depois passar à prática (implementação). E isso é muito diferente dos
tradicionais orçamentos, projeções financeiras e planos de metas.

Planejamento sistêmico
Pensar de forma sistêmica é considerar o planejamento dotado de corpo, mente e alma. Essa analogia pretende servir como recurso didático para melhor compreender o exercício de planejar e preparar o futuro:
- A mente trata do futuro, das tendências (das informações e das suposições), das idéias e dos desejos. É o contexto a partir do qual as decisões são feitas.
- A alma cuida das relações entre as pessoas, do trabalho em equipe, das percepções e intuições dos envolvidos, do comprometimento e da criatividade. É de onde provêm a energia e a inspiração.
- O corpo é muito bem conhecido. Determina as etapas, os recursos, os prazos e os responsáveis.
Uma falha comum nos planejamentos está em considerar em demasia os aspectos do corpo, e desconsiderar, ou até negligenciar, os da mente e da alma.
Quando conseguimos estabelecer um equilíbrio entre corpo, mente e alma, os resultados são sempre promissores.


O lado Mente do planejamento
Ao contrário do que possa imaginar, comece sempre pelo final. O primeiro atributo de um planejamento bem sucedido é a capacidade de identificar um resultado desejável – em síntese, trata-se de antecipar, ou seja, traçar as linhas gerais de algo que vai acontecer à frente. É preciso criar uma imagem do resultado final ou esperado daquele trabalho ou projeto. É daí que surge a definição do objetivo e essa é a decisão crucial do planejamento.
É claro que o resultado final desejável está relacionado com a idéia que deu origem ao planejamento e com os desejos dos envolvidos, mas só isso não basta. E se ficar mesmo só nesse plano, tudo pode fracassar logo nas primeiras etapas da implementação. Para evitar esse risco, é preciso explorar o futuro, investigar os ambientes, avaliar as tendências, buscar informações e checar as suposições.
O que queremos dizer é que por tratar do futuro, a definição do objetivo sempre será uma espécie de aposta, desde que feita com ampla chance de sucesso.


As perguntas que levam aos objetivos são:
1. O que você está querendo alcançar com o planejamento?
2. A quem se destina o planejamento? Quem é o seu principal beneficiário? Quem é o cliente do planejamento?
3. Quais as suas necessidades, interesses e expectativas?


A hora de sonhar
Um bom planejador tem idéias, incentiva idéias, descobre idéias.
O líder planejador cria um ambiente no qual as idéias podem florescer. Atua de tal maneira que, mesmo quando haja necessidade de rejeitar algumas, as pessoas não percam o ânimo de apresentar outras. Ao contrário, sintam-se incentivadas a isso! Nunca se sabe de onde e
quando virá uma boa idéia. Sabe-se, no entanto, que elas são alimentadas pela curiosidade.
A tarefa fundamental do líder planejador é instigar a curiosidade sobre todas as coisas nas quais o grupo está interessado e - também - nas que à primeira vista não chamam a menor atenção de ninguém. Paradoxal? Nada!As idéias exigem imaginação, ou seja, a capacidade de
vislumbrar algo que ainda não existe. A intuição também conta. E muito! Aposte nela. A intuição não é uma dádiva dos céus, mas a
capacidade de reconhecer como importante usar rapidamente o que vem do inconsciente. Ou seja, de racionalização rápida. O processo ocorre quando a mente é saturada de informações, de modo que o cérebro começa a agrupá-las. A mente sistêmica é capaz de fazer associações e correlações inusitadas, com o propósito de resolver problemas e tomar decisões.


A Alma do planejamento
O planejamento é quase sempre elaborado por um conjunto de pessoas que trabalham juntas, mas só o fato de estarem agrupadas não garante que realmente atuem em conjunto e de forma colaborativa. As responsabilidades, bem como os níveis de comprometimento, nem
sempre são eqüitativos.

As seguintes questões deverão ser respondidas:
1. Quem participará do planejamento?
2. Quem liderará o processo?
3. Qual o papel de cada um na fase do planejamento e na fase da implementação?
4. Que atitudes e práticas deverão ser adotadas diante dos problemas?
O objetivo-chave possui uma função importante também na alma. Evita a dispersão, fazendo com que os envolvidos se mantenham no que interessa. Daí a importância de que seja concebido por toda a equipe, à luz do consenso, ou seja, todos devem estar convencidos de
sua validade. É bom, nesse momento, relembrar que equipe não é apenas um conjunto de pessoas que trabalham na busca de um objetivo comum. Uma equipe de verdade, digna desse honorável
nome, é composta por integrantes capazes de ter responsabilidades mútuas, conhecimentos complementares, informações compartilhadas. As pessoas devem saber e, principalmente, sentir que o melhor que podem dar para o plano são seus pensamentos e sentimentos.
Nunca é demais lembrar que o planejamento é um processo decisório e que toda decisão envolve componentes emocionais. É ingênuo acreditar que as decisões são apenas lógicas e racionais. Os sentimentos estão sempre presentes. Por mais que pareça óbvio, esse aspecto é
pouco considerado, falha que pode gerar outras, inviabilizando o resultado de melhor qualidade.
Por fim, vale ressaltar a importância do papel do líder: deve garantir a participação de todos, praticar o consenso, compartilhar os objetivos e definir o padrão de excelência dos trabalhos.

Enfim, o Corpo
Se todos estão de acordo com o objetivo-chave, o passo seguinte é definir as etapas. As perguntas a fazer são:
1. Qual é a lacuna entre onde estamos e onde queremos chegar?
2. Como saber se estamos na direção e na velocidade certas?
3. Como identificar nossos erros e acertos?
Objetivos e metas especificam os resultados pretendidos em cada etapa e estão relacionados ao objetivo-chave. Embora ambos se confundam, os objetivos são sempre qualitativos e genéricos e as metas são quantitativas e concretas.


Os indicadores de desempenho
Se o planejamento é formado por corpo, mente e alma, os indicadores de desempenho também devem seguir a mesma estrutura.
Os indicadores de mente avaliam a qualidade das ações e as perspectivas do objetivo-chave ser ou não atingido.
Os indicadores de alma avaliam o grau de comprometimento e de satisfação dos membros da equipe.
Os indicadores de corpo avaliam os resultados de cada etapa, os cumprimentos dos prazos e do orçamento.
O planejamento sempre deve permitir uma avaliação, caso contrário como saber se fomos bem ou mal sucedidos? Sem avaliação não existe a possibilidade de apresentar os resultados, tanto para equipe, quanto para os líderes, clientes, acionistas e a quem mais possa interessar.

Enfim...
Dois comentários finais. O primeiro está relacionado à velha desculpa do pouco tempo para realizar um bom planejamento. Não caia nessa armadilha. O tempo, recurso sempre escasso, será desperdiçado em dobro por conta das intermináveis correções de rotas e retrabalhos ocasionados justamente pela falta de planejamento.
O segundo comentário refere-se ao documento final: o plano. É claro que ele é importante, mas não tanto como o processo de planejar. É ele que cria envolvimento e aprendizado.
Ainda assim, escrever o plano é o que faz dele algo realmente significativo, a ser levado a sério. Estamos falando de compromisso, a palavra mágica que transforma o planejamento em resultados efetivos.

 

--------------------------------------------------------------------------------
Texto de Roberto Adami Tranjan.

∴Aonde andarás, General?∴

Hoje escutei duas músicas em seqüência da banda de rock gaúcha Ultramen. A primeira foi “3”, e a segunda foi “GENERAL”. Esta segunda me remeteu a uma sensação do personagem principal: uma melancólica tristeza de alguém que é seguidor do "General", Líder (Homem ou Mulher?) que incita-o a uma missão além da luta armada de Che Guevara (ou algo além: como Ernesto porém sem violência). Cristo? Buda? Gandhi? Maomé? Não importa: até ele é chamado de general em 2020. A analogia da "paz" e da "vida" é a "guerra" e a "morte"? Não faz sentido! Para mim a analogia da vida é oportunidade: de aprender, fazer, testar, brincar, produzir, conhecer, transformar(...)

 Um guerrilheiro brasileiro que não dá tiros?
Se reparar na letra da música, por de trás das frases (ou mesmo nelas próprias) encontraremos alguns valores e virtudes, a saber

Prosperidade
Liberdade
Criatividade
Vontade
Coragem
Justiça
Verdade
Igualdade
Integridade

A Resistência e a Profecia
Com todos estes atributos e metacompetências, nosso amigo "General" (posso lhe garantir) não é deste mundo! Assim como a liberdade considerada a partir do ponto de vista da condição humana: utopia!

"A Terra é o palco da guerra entre o inferno e o céu
A luz e a escuridão Caim Abel bou!"

Será que é essa a frase que resume a vida? Luta?
Não acredito: na luta não há prosperidade. Todas as partes perdem. Que não em riquezas mundadas, mas em Valores e Virtudes.

_________________________________________________________

GENERAL
(Composição: Tonho Crocco/ Ultramen - participação Gustavo Black Alien)

Não sou soldado dessa corporação não faço parte desse pelotão
Meu comandante é mandante da paz seu nome é general nada mais
Não sou soldado dessa corporação não faço parte desse batalhão
Meu comandante é mandante da paz seu nome é general nada mais

Sua revolução não é armada é pacífica
A sua revolta revolta pela estatística
É guerrilheiro da República do Brasil
Mas seu exército não dá tiro de fuzil
Mas tá tá tá tá na hora de mostrar
E tentar arranjar um jeito novo de lutar
Essa é a situação miséria e opressão
Vontade e coragem sua munição
General é prisioneiro há mais de um ano e meio
Enxertaram o bagulho nele eu vi
Qual é seu paradeiro seu nome verdadeiro
Amigo estamos aqui

Aonde andas mi general
Alguém me diga por favor
Aonde andarás mi general
Acabe com esse terror

Soldado do povo querido por todos
Odiado só pelos grandão aqui da área
Pátria amada amada mas só que atualmente anda triste pracaralho
A escola e o trabalho acabou
Quem tava dormindo se fudeu e não ganhou
Vamos resgatar mister general
Pra acabar com esse terrorismo cultural
E por um fim nesse racismo social
Sou sobrevivente dessa guerra injusta
A verdadeira verdade sabe quanto custa
A água acabou e o homem se vendeu
Em 2020 general desapareceu
Campo de concentração sequestro ação
Hei! Amigo eis a missão

(Black Alien)
Ãnnnnnn cadê meu general cadê meu general cadê?
Cadê meu general? Cadê meu general? Uoou!
O ano 2000 tá aí e a morte tá na moda
E o Superman tá de cadeira de roda
Ultramen e Black Alien traz a profecia como Damien
A Terra é o palco da guerra entre o inferno e o céu
A luz e a escuridão Caim Abel bou!

domingo, 10 de janeiro de 2010

∴ As empresas precisam aprender a sonhar!!!∴

Inovação! Está aí uma palavra que é unanimidade. Nos discursos inflamados dos dirigentes de empresas, todos enaltecem a inovação como uma condição para a prosperidade. Entre o discurso e a prática, como bem sabemos, existe longa distância.
Primeiramente é preciso compreender que a inovação não se restringe apenas à produção de idéias. É o resultado final de um processo que culmina em um novo produto ou serviço, uma nova forma de vender ou comprar, novos procedimentos industriais ou administrativos etc.
Inovação remete a algo novo que consegue vencer as raias da imaginação e se transformar em algo concreto, palpável e, de preferência, lucrativo.
Se a sua empresa vive o lugar-comum e se repete a cada dia, é muito provável que tenha uma baixa capacidade de inovação. Também não confunda mania de copiar ou facilidade de improvisar com capacidade de inovar. Por essas e outras, podemos que inovação está mais
no discurso do que na prática.
Criatividade é o nome do processo que culmina na inovação. As empresas necessitam da criatividade assim como necessitaram, nas últimas décadas, da produtividade.
Uma empresa consegue ser mais produtiva apoiada nos sistemas técnicos: tecnologia industrial, recursos e insumos alternativos, sistemas de informações e normatização.
Criatividade, no entanto, é puro sistema humano. Depende fundamentalmente da imaginação e talento criativo das pessoas e que, de certa forma, se contrapõe à fórmula da produtividade.
Pense na criatividade como uma balança com dois pratos. Do lado direito coloque tudo aquilo que represente bloqueios ou cerceios à imaginação do lado esquerdo, coloque a curiosidade das pessoas. Faça isso tomando como base a empresa em que trabalha. Para que lado pende os pratos da balança?
Se os bloqueios vencem a curiosidade, então a capacidade inovadora da sua empresa está comprometida. Veja se essas frases lhes são familiares: "grande idéia, mas não é para nós", "coloque isso num papel", "não está no orçamento", isto não vale o trabalho que vai dar",
"não é a sua responsabilidade", "não é o meu departamento", "não seja ridículo", "nós sempre fizemos desse jeito", "estamos indo bem até aqui, para que mudar?", "não seja ridículo". Se você reler as frases com atenção, verificará subentendidas palavras como departamento, cargo, procedimento, hierarquia, comando, controle, padrões. São palavras típicas da era industrial e que, de certa forma, fomentaram a produtividade nas organizações. Se antes eram aliadas da produtividade, hoje são inimigas da criatividade.
No outro lado da balança está a curiosidade, a semente da criatividade. Toda a vez que o prato dos bloqueios aumenta de peso, a curiosidade perde a sua força. Os bloqueios são, portanto, oponentes da curiosidade. As pessoas têm pouca vontade de saber e de aprender quando tudo o que se espera delas é que façam e sigam as normas. O exercício de pensar fica para as horas vagas ou para os projetos extratrabalho.
Por outro lado, a curiosidade está lá na empresa e sempre esteve. As pessoas são naturalmente curiosas. A vontade de aprender e o desejo de descobrir novos mundos é parte integrante da natureza humana. Começou quando criança nos infindos por quês e continua fervilhando dentro de cada um de nós. Com a curiosidade aguçada é possível trilhar as outras etapas do processo de criatividade:

 

Informação

É preciso fazer do cérebro uma esponja e encharcá-lo com informações. O exercício de construção de cenários tem esse objetivo. Colher informações no macroambiente (econômico, social, político, cultural, ecológico, tecnológico, legal etc) e também no ambiente empresarial (fornecedores, concorrentes, clientes, investidores etc).
As informações nunca estiveram tão disponíveis. É preciso recolher o máximo de informações e promover situações de compartilhamento e discussão na empresa. A informação é geradora do conhecimento e o conhecimento, por sua vez, gera a compreensão. É disso que as mentes
necessitam para resolver problemas.

Inspiração

A informação é útil para o processo de solução de problemas e tomada de decisão, mas não garante, por si só, a inovação. Esta precisa da inspiração. Mas, para que haja inspiração, é preciso um motivo, uma paixão. Por falar em paixão, o que foi feito dela? Foi reduzida a números, metas e indicadores. O placar tomou o lugar da paixão. E aí está o ponto-chave: é preciso um propósito que desperte as paixões, caso contrário, inspirar-se com o que?


Iluminação

A curiosidade venceu os bloqueios, o cérebro está abastecido de informações e o coração está inspirado por uma paixão: o espaço está aberto à imaginação. Outros ingredientes são acrescentados nessa hora: a atenção, a intuição, a perseverança e a fé. A luz sempre esteve presente, mas agora possui condições para brilhar.


Inovação

As idéias precisam ser concretizadas e isso exige ousadia e determinação. Todos nós conhecemos inúmeras pessoas cheias de idéias, mas incapazes de transformá-las em empreendimentos, negócios, produtos e serviços. Inovar requer coragem e a vitória sobre o maior de todos os bloqueios: o medo.
Esse é o processo da criatividade que resulta na inovação. Institua-o em sua empresa. E não esqueça de recheá-lo com bons pensamentos. Lembre-se que bons pensamentos e ações só
podem produzir bons resultados. E muita inovação.


--------------------------------------------------------------------------------
Roberto Adami Tranjan.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

∴Crise somos nós que fazemos∴

Autor: Hideaki Iijima, fundador do Soho Hair International

Alguém ainda não ouviu falar em crise nestes últimos meses? Que não olhou o movimento no salão e pensou: “Puxa, a crise anda brava mesmo?”. Na verdade, acredito que a crise tenha conquistado mais espaço nos meios de comunicação e nas conversas com amigos do que a própria gripe suína. E olhe que a gripe não deu trégua aos jornalistas! Todo dia fomos bombardeados com informações sobre o avanço do vírus AH1N1 no mundo, de tal modo que parecia que seríamos exterminados por este microorganismo. Mas, assim como a gripe, a crise também está dando sinais de arrefecimento.

Os dados econômicos vindos de toda parte do mundo já dão mostras de que a crise está passando. É uma pena, porque tenho certeza de que muitos de nós ainda não aproveitamos o lado bom das crises: a oportunidades que elas apresentam de nos fazer repensar e recomeçar a vida a partir de uma nova atitude.
Costumo dique que “quando está bom, está ruim; e quando está ruim é que está bom”. O que quero dizer com isso é que temos a tendência de pensar sempre no lado negativo das coisas. Só enxergamos as dificuldades e nos esquecemos de valorizar o que a vida nos dá de bom.

VALORES
Quando tudo vai bem, não percebemos o verdadeiro valor das pessoas, da família, dos amigos, do trabalho. E cultivar o verdadeiro valor de tudo é que nos torna fortes e resistentes às crises. Nós somos muito parecidos com as árvores: se a raiz está saudável, a tempestade pode até derrubar algumas folhas e quebrar um ou outro galho, mas a árvore continuará em pé e voltará a florir no tempo certo. Do mesmo modo, nós precisamos estar bem firmes em nossas raízes para enfrentar o mau tempo.
A crise é a nossa chance de fortalecer nossas raízes. Em tempos difíceis, podemos reaprender, recomeçar, repensar e nos reeducar para quando vierem os dias melhores. Se estamos recebendo menos dinheiro porque a crise está diminuindo a nossa clientela, então podemos aproveitar esta dificuldade para replanejar os nossos gastos.

PERGUNTA
De quanto realmente precisamos para viver? Responder a esta pergunta com sinceridade vai nos fazer perceber que precisamos de metade do que temos. Em tudo: roupas, acessórios pessoais, até mesmo na comida – tudo pode ser reduzido, sem perda da qualidade. O resto é mottainai, que em japonês pode ser traduzido por “desperdício”. Quem aprende a viver com o mínimo desfruta muito mais quando tem a oportunidade do máximo.
Quem não sabe viver com o mínimo também não ficará satisfeito com o máximo.

OPORTUNIDADE
A crise nos dá a oportunidade de aprender a planejar. Em nossa profissão, temos a tendência a não dar importância para encantar o cliente quando as coisas vão bem e o salão está cheio de gente. Esquecemos que o cliente tem que ser conquistado todo dia, porque quando a crise vier ele não vai parar de cortar o cabelo, apenas vai reduzir o número de vezes em que corta e, se não estiver firme conosco, com certeza irá procurar outro salão, que faça o serviço mais barato.
Atender bem, trabalhar bem e com preço justo tornam o cliente fiel. Nas crises, temos tempo para pensar nisso e planejar as atitudes que vão nos levar a uma condição mais feliz quando o sol voltar a brilhar. Não existe crise. Existe uma nova janela de oportunidade e cabe a nós dizer como queremos olhar através dela.