terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
∴Avalie a sua liderança∴
Liderança é determinante! E se é assim tão claro, gostaria de compartilhar com o leitor a minha indignação: por que tantas instituições (de clubes de futebol a entidades religiosas, de prefeituras a ministérios, de escolas a repartições públicas e também em empresas de vários tipos e portes) as lideranças são pouco desenvolvidas e algumas beiram a mediocridade?
Muitos ainda se ocupam com a velha e famigerada discussão de que a liderança é um dom nato. Fico imaginando Deus selecionando as pessoas ao nascer: "esse é líder, esse não é líder..." como se desfolhasse um malmequer. Presos nessa discussão infinda, alguns chefes deixam de fazer o que todo o bom líder faz: preparar-se.
Liderança requer um conjunto de conhecimento, habilidades e comportamentos que pode ser aprendido por qualquer ser humano que tenha um mínimo de vontade de exercer o papel de líder.
Pense nisso e planeje você mesmo um plano de desenvolvimento pessoal. Abaixo dez itens comuns aos líderes eficazes. Avalie o grau de competência para cada um deles. Dê notas de 0 a 10. Ao final, crie condições para que você amplie suas capacidades nos itens de menor avaliação.
1) Você habitua planejar antes de implementar ou costuma mergulhar na tarefa?
Um bom líder reconhece a importância do planejamento e constrói primeiro na mente aquilo que deseja ver concretizado. Planejar é mais uma atitude do que uma tarefa e determina um jeito de trabalhar em que os vários recursos disponíveis sejam mais bem utilizados.
2) Ainda que paire as dúvidas, você tem um sentido de direção?
O líder eficaz sabe onde quer chegar. Possui visão e propósito. Sabe o que deve fazer para preencher a lacuna que existe entre onde está e onde deseja ir. Estabelece a sua agenda de acordo suas pretensões.
3) Você é um líder de corpo, mente e alma?
Trocando em miúdos: você é mais voltado para coisas (corpo), estratégias (mente) ou pessoas (alma)? Líder eficaz possui visão sistêmica e examina o todo para tentar compreender as partes. Líderes departamentais e burocratas estão em baixa líderes empreendedores e com visão do negócio estão em alta.
4) O quanto você está ligado em clientes, oportunidades e concorrência?
Líderes burocratas estão presos nas tarefas, nos problemas, na crise diária. Vivem mais o passado do que o futuro. Estão ensimesmados, escondidos em suas salas, retidos em sua mesa de trabalho, batucando teclado dia após dia.
O líder empreendedor está onde devia estar: no cliente (interno ou externo). É lá que estão os resultados. O resto são custos e problemas.
5) Você fala e escuta na mesma proporção?
Líderes falam demais! Os ineficazes, é claro! O bom líder sabe que liderança é, dentre outras coisas, a arte de ouvir! Quanto mais escuta, mais compreende a maneira de ver e pensar de
seus colaboradores. É preciso compreendê-los para depois se fazer compreendido.
6) Você é capaz de incorporar novos conhecimentos e transferi-los para a equipe?
O líder é responsável pelo aumento do capital da sua equipe. Para isso, está sempre em busca de novos conhecimentos e interessado em tornar esses conhecimentos disponíveis para toda a equipe. Aprender e educar são habilidades típicas de líderes eficazes.
7) Você habitua dizer o que pensa e sente?
O bom líder não esconde os seus pontos fracos e mostra com naturalidade o seu lado humano. Declara o que pensa e sente, com franqueza, assertividade, espontaneidade. Com isso, estimula seus colaboradores a fazer o mesmo e cria, com isso, um ambiente mais humano e acolhedor. O líder eficaz valoriza a qualidade dos relacionamentos.
8) Você se esforça em compatibilizar os objetivos pessoais com os objetivos organizacionais?
Líderes despreparados desconhecem os objetivos organizacionais. Líderes autoritários só se preocupam com os objetivos organizacionais. O líder eficaz conhece tanto os objetivos organizacionais como os objetivos pessoais. Mais que isso: esforça-se para tornar ambos compatíveis. Esse é o principal papel do líder para criar estímulo e motivação no ambiente de trabalho.
9) Você confia para valer ou confia desconfiando?
A confiança é a base dos relacionamentos. Sem confiança não existe parceria e sem parceria não existe equipe. A desconfiança é como um vírus que suga a energia da equipe, desviando dos seus verdadeiros propósitos de desempenho e resultados. É preciso liderar com a premissa da saúde. Mesmo que pese frustrações futuras, é necessário confiar.
10) Você é sincero com você mesmo? Até onde existe coerência entre o que você diz, o que você sente e o que você faz?
Nada é mais desastroso para um líder do que a dissonância entre discurso e prática. Um líder necessita credibilidade para conduzir uma equipe e isso exige coerência. Integridade é o valor que melhor sustenta o exercício da liderança. Jamais abra mão dela.
Destaque os itens cujas avaliações foram inferiores a 5. Está aí uma proposta de aprendizado e ampliação de competências. Seus clientes e funcionários ficarão muito gratos e os resultados comprovarão a validade dos esforços.
[Texto de Roberto Adami Tranjan (educador e diretor da Cempre -Educação nos Negócios)
http://www.cempre.net/]
Kleiton Kühn
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
∴Perguntas que todos nós deveríamos fazer para nós mesmos [e responder: SIM!!!!]∴
“os empregados talentosos necessitam de gerentes excelentes. O empregado talentoso pode ingressar numa empresa por causa do líder carismático, seus benefícios e seus notáveis programas de treinamento, mas quanto tempo ele ficará e quão produtivo será enquanto estiver na empresa são fatores determinados pela sua relação com seu superior imediato.”
Os autores da pesquisa então se perguntaram: “ como fazem os melhores gerentes do mundo para encontrar, atrair e conservar os empregados talentosos?” . Consultaram 400 organizações entrevistando 80.000 gerentes (para determinar os gerentes excelentes usaram medidas objetivas de rendimento, com vendas, rentabilidade, satisfação de clientes, índice de retenção de pessoal e indicadores de clima interno.
Com a combinação destes dois estudos constataram que os gerentes excepcionais criavam um ambiente de trabalho no qual os empregados respondiam às seguintes questões:
Eu sei o que se espera de mim no trabalho?
Eu tenho os materiais e a equipe de que eu necessito para fazer bem o meu trabalho?
Eu tenho a oportunidade de expressar minhas melhores capacidades cada dia em meu trabalho?
Eu recebi nos últimos sete dias algum reconhecimento ou felicitações por fazer um bom trabalho?
Eu sou importante, como ser humano, para meu supervisor?
O meu supervisor se preocupa com o meu desenvolvimento profissional e humano?
As minhas opiniões são levadas em conta?
O meu trabalho é importante como parte da missão e do propósito da empresa?
Os meus colegas estão comprometidos com a realização de trabalhos de alta qualidade?
Eu tenho um bom amigo no trabalho?
Eu falei com alguém sobre o meu progresso nos últimos seis meses?
Eu tive oportunidade, durante este último ano, de aprender e crescer?
Conclusão:
O Gerente, não o sistema de remunerações, nem o de treinamento, nem o líder carismático, era (em 1975) o fator critico na construção de um lugar de trabalho excepcional, pois ele define o ambiente de trabalho e o influencia.
Será que algo mudou desde aquela época?
Kleiton Kühn
∴Citações∴
Alexander Solzheintsyn
(Escritor Russo denunciando os horrores da era stanilista).
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
∴Sobre as primeiras experiências profissionais∴
nascemos aptos a criatividade.
Ou por excesso de energia ou por preguiça (ou ambos). As pessoas com excesso de energia geralmente se tornam artistas, pintores, escultores, músicos. Eles procuram canalizar toda sua energia intensa de maneira a gastá-la de uma forma de ninguém nunca gastou. O trabalho desses artistas geralmente é único. Quanto mais energia tem, menor o volume de trabalho e mais único é o trabalho. Os criativos por preguiça são administradores (meu caso). Eu desde criança fui, digamos assim, “focado em processos”. Na verdade eu preferia pensar em uma forma criativa de fazer as coisas que eram geralmente feitas da mesma forma por todos.
Quando simulava guerras entre os playmobils, ao invés de derrubá-los um a um com um peteleco eu usava uma régua para derrubar todos de uma só vez ou movia o tapete abaixo deles de forma cataclísmica. Ao brincar com as bolinhas de gude sobre a cama, ao invés de recolher bolinha por bolinha eu preferia dobrar a coberta a fim de reuni-las e depois vira-las direto dentro da lata onde eram guardadas. Para subir na árvore na frente de casa (que não tinha muitos galhos de apoio baixos) preferia subir no muro e depois para o teclado e daí direto para a copa da árvore.
Sou um preguiçoso criativo e por isso meu trabalho é único e intenso.
É da minha natureza procurar alternativas para facilitar o trabalho (o meu ou de outros), fazer o trabalho de forma diferente e inteligente. Algumas pessoas sentem-se realizadas por repetir operações mecânicas e outras por conhecer linguagens e tecnologias tangíveis e específicas. Eu gosto de ver o todo de forma sistêmica e de tentar gerar uma dinâmica estável.
Quando estagiei no BANRISUL no departamento de serviços, nós estagiários éramos (inicialmente) responsáveis por responder às agências dos clientes que solicitavam extratos das contas de FGTS. O processo era esse:
· Pegar a solicitação mais antiga do bolo gigante de solicitações (que tinha solicitações de mais de um ano não atendidas);
· Descobrir o código do cliente;
· Descobrir o código das empresas do cliente;
· Pesquisar os extratos de cada uma delas, imprimindo cópias das microfichas;
· Datilografar uma carta de resposta ao cliente e encaminhá-la agência na qual o cliente solicitou;
A primeira idéia foi criar uma Linha de produção.
Cada estagiário ao invés de fazer todas as etapas do processo faria apenas uma:
· Um estagiário para pesquisar o código do cliente;
· Um para pesquisar o código das empresas nas quais o cliente trabalhou;
· Outro para pesquisar os extratos de cada uma delas, imprimindo cópias das microfichas;
· E dois para datilografar as cartas de resposta aos cliente e encaminhá-las as agências;
Eu fiquei com esta última tarefa. Em poucos dias percebi quais seria os tipos de respostas possíveis e criei documentos word que serviam como templates para cada tipo de resposta. Passei a ser o mais rápido respondedor. Com as respostas sendo mais efetivas e rápidas, o gargalo passou a ser a pesquisa de empresas dos clientes. Como eram inicialmente duas pessoas respondendo as solicitações realocamos uma para o nova restrição da nossa linha produtora: a pesquisa do código das empresas dos clientes.
Uma única pessoa realizando este trabalho já havia agilizado o processo. Agora com duas pessoas conseguimos colocar em dia esta pesquisa: cada carta que chegava era imediatamente submetida a pesquisa e aguardaria na fila da impressão das cópias das microfichas. Esta foi a ultima realocação de recurso.
Os estagiários ficaram alocados da seguinte forma:
· Um estagiário para pesquisar o código do cliente e código da empresas nas quais o cliente trabalhou;
· Dois para buscar as microfichas nos arquivos.
· Um para imprimir as cópias das microfichas;
· E um para datilografar as cartas de resposta aos cliente e encaminhá-las as agências;
Enfim, eu estava crendo neste momento que o mundo não valoriza uma formiga preguiçosa nem uma abelha criativa assim como deve estranhar uma cigarra trabalhadora que repete sempre seu cantar sem inspiração e motivação criativa.
Como podem imaginar, depois de todas estas reviravoltas acabei me entediando com o ambiente burocrático e moroso da empresa estatal, pelo menos naquela época. Hoje os tempos são outros: as empresas estatais são ágeis, produtivas e geram lucro. Não servem mais de cabide de empregos para Cargos de Confiança ou nepotismo nem para o pessoal bom do partido da situação ganhar um dinheirinho. (uma pitada de ironia e sarcasmo nunca é demais!). Estava na hora de aprender mais sobre outros negócios, pois o trabalho em uma estatal definitivamente não era o meu caminho.
Fui aprender sobre Qualidade em outra empresa. Mas esta é outra história...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
∴Citações∴
Quando está realmente no Caminho, o Homem que deparar com tempos difíceis no mundo não se voltará para um amigo que lhe ofereça refúgio e consolo, estimulando a sobrevivência da sua velha personalidade. Pelo contrário, buscará alguém que, fiel e inexoravelmente, o ajude a se arriscar para superar o sofrimento e ultrapassá-lo com valentia, transformando-o na "balsa que vai à margem mais distante". Somente na medida que o Homem se expõe repetidamente às aniquilações do mundo surgirá nele aquilo que que é indestrutível.Nisso repousa a dignidade do ousar. Logo, o objetivo da Prática [da expansão da consciência] não é desenvolver uma atitude que permita ao Homem adquirir um estado de harmonia e paz, no qual nada o moleste. Pelo contrário, a prática deve ensiná-lo a deixar-se assaltar, perturbar, empurrar, insultar, quebrar e golpear, ou seja, animá-lo a abandonar seu anseio fútil pela harmonia, pela ausência de dor e por uma vida cômoda e assim descobrir, lutando contra forças opostas, aquilo que o aguarda além do mundo das polaridades. A primeira exigência é ter coragem para enfrentar a vida, para encontrar tudo o que há de mais perigoso no mundo. Quando isso é possível, a própria meditação se transforma no meio pelo qual aceitamos e damos as boas-vindas aos demônios que surgem do noss inconsciente, um processo completamente diferente da prática de se concentrar em um objeto como proteção contras estas forças. É somente nos aventurando repetidamente por estas zonas de aniquilação que poderemos tornar firme e estável o nosso contato com o Ser Divino, que está além de toda a aniquilação. Quanto mais um Homem aprende a enfrentar incondicionalmente o mundo ameaçador, mais se revelam as profundidades da Natureza Essencial do Ser e mais se abrem as possibilidades de uma nova vida em contínua Transformação.
[Karlfriend Graf Von Durckhein]